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O gado, coitado, nasceu foi marcado
Aí vai condenado direto a charqueada
Mas manda a poeira no rumo de Deus
Berrando pra ele, dizendo pra Deus
'
Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, você fez'..."
Na "utopia" (prefiro pensar em "eutopia") labellevertiana conseguimos escapar da exploração animal, do especismo. Até quando vamos insistir desnecessariamente em tais práticas? Entre nossa sociedade coisas bizarras tornaram-se naturais como num passe de mágica: caça esportiva, pesca esportiva - tortura permitida a troco de um "puro" prazer, como se não houvessem outras formas de se liberar adrenalina - sem falar nas "exposições de cadáveres". Será mesmo Deus quem fez tudo isso?
Os homens de preto
(Paulo Ruschel)
Os homens de preto trazendo a boiada
Vem vindo, cantando, dando gargalhada
O bicho, coitado, não pensa, nem nada
Só vem pela estrada direito à charqueada
"Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, você fez"
E os homens de preto trazendo a boiada
Vem vindo, cantando, dando gargalhada
"Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, você fez"
Os homens de preto trazendo a boiada
Vem vindo cantando, dando gargalhada
E o bicho, coitado, não pensa, nem nada, só vem pela estrada
Vem berrando, vem berrando
O gado, coitado, nasceu foi marcado
E aí vai condenado na estrada berrando
a querência deixando e os homens malvados
empurrando e gritando
Toca boi, toca boi, toca boi, toca boi
Eh, toca boi, boi, boi, boi
Os homens de preto trazendo a boiada
Vem vindo cantando, dando gargalhada
Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, você fez
O gado, coitado, nasceu foi marcado
Aí vai condenado direito a charqueada
Mas manda a poeira no rumo de Deus
Berrando pra Ele, dizendo pra Deus
"Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, você fez"
Eh, Deus, eh Deus, você fez, você fez
E os homens de preto empurrando a boiada
Vem vindo, cantando, dando gargalhada
"Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, você fez"